quem somos

QUEM SOMOS







O Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.

Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintorNelsonDias, https://www.facebook.com/pages/Nelson-Dias/79280420846?ref=hl cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.


Direcção e coordenação: Maria João Franco.
https://www.facebook.com/mariajoaofranco.obra
contactos:
franco.mariajoao@gmail.com
+351 919276762


Saturday, April 19, 2008

Maria João Franco::"tu não aconteces,quando eu te quero"

CONVITE




Na sequência da exposição que esteve patente o Museu da Água,
vai ter lugar no
MAC-Movimento Arte Contemporânea,
e dentro do mesmo projecto então apresentado


a exposição de


Maria João Franco
"tu não aconteces, quando eu te quero"





com inauguração a 6 de Maio de 2008, pelas 19 horas.
A mostra estará patente ao público até 30 de Maio,
de segunda a sexta,das 13 às 20 horas,
sábados,das 15 às 19 horas .
Domingos e feriados,por marcação tm::962760532

___________


MAC-Movimento Arte Contemporânea


Rua do Sol ao Rato,9C,Lisboa

Av.Álvares Cabral,58/60,Lisboa


::telefone/fax::

21 385 07 89
::telefone::

21 386 72 15


tm. 96 267 05 32


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Maria João Franco
www.mariajoaofranco.com
Nasceu em Leiria em 1945. Tem o curso de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa.
Frequentou o curso de Arquitectura de Belas Artes do Porto.
Integrou várias exposições colectivas, entre as quais:
1982 - “Pequeno Formato” – SNBA (Sociedade Nacional de Belas Artes), Lisboa; /1983- “Pequeno Formato” – SNBA (Sociedade Nacional de Belas Artes), Lisboa;/“Artistas da SNBA” – Lisboa; /1984/85-“Homenagem dos Artistas Portugueses a Almada Negreiros” , Lisboa; /1985- “II Bienal Nacional de Desenho “ – Cooperativa Arvore, Porto; / SNBA, Lisboa/ “Jovens Pintores” Galeria Almada Negreiros, Lisboa; /1986- “III Exposição de Artes Plásticas” 30º Aniversário da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; /1987- “IV Prémio da Grabado Maximo Ramos” – Ferrol/Corunha, Espanha; / “IV Exposição de Gravura” – Cooperativa de Gravadores Portugueses , Gravura-Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa; / Exposição de Gravura comemorativa do Ano Europeu do Ambiente- Setúbal/Beauvais; /“I Concurso de Desenho Perez Villaamil” – Museu Municipal, Bello Piñero, Ferrol (Corunha), Espanha; /“III Bienal Nacional de Desenho” – Cooperativa Arvore, Porto; / Colectiva da Inauguração da Galeria VO – Lisboa. /1988- “Risco Inadiável” – ESBAL; / “V Prémio de Grabado Maximo Ramos” – Ferrol (Corunha), Espanha; / “Salão de Gravura Luso – Brasileira” – Estoril;/ “I Bienal de Gravura da Amadora “ – C.M. Amadora, Galeria Municipal da Amadora /Cooperativa “Arvore”, Porto; / “II Concurso de Desenho Artístico Perez Villaamil” – Ferrol (Corunha), Espanha; /1989- “III Bienal de Escultura e Desenho das Caldas da Rainha” – Atelier Museu António Duarte, Caldas da Rainha; / “VII Prémio de Grabado Maximo Ramos” – Ferrol (Corunha), Espanha; / “Colectiva de Gravura” Galeria Municipal de Almada; /1990/91 – “Colectiva de Pintura no Aniversário da Morte de José Régio” Galeria Municipal de Portalegre. /1992- “Unidade e Conflito na Arte Contemporânea” – Galeria Municipal de Almada; /1993- “4ª Bienal das Caldas da Rainha” – Galeria Quattro – Leiria; / II Exposição do espólio da Câmara Municipal da Amadora./1999- “Ars Multiplica ta” – Rheine, Alemanha/Leiria, Portugal;/2000- Colectiva “500 anos depois” – Galeria de exposições Hotel Meridian, Salvador da Bahia; /Galeria 57 – Leiria (com o alto patrocínio da presidência da República); / Intercâmbio Cultural Palácio das Artes, Belo Horizonte – Galeria 57 – Leiria; /2001- Galeria Trema – Lisboa; /2002- Galeria VO – Lisboa; /2003- Galeria Perve – Lisboa; /2005 - "Universos femininos" Galeria Corrented'Arte – Lisboa; /2005 - Feira de Arte Contemporânea FAC_Galeria São Francisco – Lisboa; /2007 – ART MADRID – Homenagem a Mário Cesariny; /13º Aniversário do MAC – Movimento Arte Contemporânea-Lisboa; / “Homenagem a Cruzeiro Seixas” – Galeria Municipal Artur Bual.
Exposições individuais
1985-“Ciclo dos mitos” A Galeria – Cascais; /1987- “Casa de Bocage”, Setúbal; /1988- Galeria Voz do Operário, Lisboa; / Galeria Quattro, Leiria; / Galeria S. Francisco, Lisboa; /1990 – “ Amanhecer da memória” Alfa Mixta, Lisboa; / Galeria Municipal de Portalegre, Portalegre; /
1991- “ Terra de Mitos” Galeria da Praça, Porto, /1993 – Convento do Beato, Lisboa; /1994 – “ Silêncio de Organa” Galeria Quattro, Leiria; /1997 – “Um olhar de Pele” – Galeria Municipal da Amadora; / “Memórias” – Inauguração da Casa Miguel Franco; / “Estórias do Corpo” – Museu Municipal Dr. Santos Rocha, Figueira da Foz; /1998 – “Novos Fragmentos” – Galeria Municipal Gymnásio, Lisboa; /1999 – “Corpos Estranhos” Galeria Trema, Lisboa; / “Percursos” – Cooperativa Arvore, Porto; / “Tempo de o senso e o Ser” – Galeria 57, Leiria; /2002 – “Novas Estórias do Corpo” – Galeria 65A – Lisboa; /2004 – “Nós, os nus e os outros objectos” – Galeria Perve – Lisboa; /2005 –“Lugar dos desencontros ou sítios da memória” – Espaço Chiado – Coimbra; /2005 - "tu vens tão perto que a distância existe" – Centro de Arte Contemporânea da Amadora; /2006 - "MULHER E EU" – MAC Movimento de Arte Contemporânea – Lisboa; /2007- ENCONTROS….estórias – MAC-Movimento Arte Contemporânea -Lisboa; "tu não aconteces quando eu te quero"1-Museu da Água em colaboração com o MAC-Movimento Arte Contemporânea, Lisboa; "tu não aconteces quando eu te quero"2-MAC-Movimento Arte Contemporânea,Lisboa
Prémios: 1987 – Prémio de edição na “IV Exposição Nacional de Gravura” – Gravura/Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; / 1º Prémio do concurso de Gravura Integrado no Ano Europeu do Ambiente - Setúbal/Beauvais; /2006- Prémio MAC’2006 Carreira – MAC Movimento Arte Contemporânea – Lisboa; /2007- Premio MAC’2007 Prestígio – MAC- Movimento Arte Contemporânea – Lisboa; /Comenda e Medalha de Mérito e Cultura atribuído pela Associação de Artistas Plásticos e Desenho Brasileiros.
Representações:
Está representada nas seguintes instituições: Museu de Setúbal; Cooperativa dos Gravadores Portugueses, Gravura em Lisboa; Colecção da Caixa Geral de Depósitos, Lisboa; Museu Armindo Teixeira Lopes, Mirandela; acervo da C.M. Lisboa, Coimbra, Amadora e Abrantes; colecções particulares em Portugal, Itália, Espanha, França, Suíça, Brasil, EUA e Holanda.
Em 1997 executou um cartão de tapeçaria para Manufactura de Tapeçarias de Portalegre, cujo 1º exemplar faz parte do acervo do Sr. Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio.
Fez parte do júri do concurso “32 Jovens Pintores” com o Alto patrocínio da Presidência da República Portuguesa integrado nas Comemorações do 10 de Junho de 2000-Dia de Portugal.
Trabalha como artista convidada em cerâmica artística na Keramos – Condeixa.
Convidada pela Foundation for the Support of Monestery Bentlage para participar no
International Summer Workshop em Rheine – Alemanha Agosto 2005.
Em 2005 executa um painel alusivo a “O Motim” de Miguel Franco inserido no Teatro Miguel Franco em Leiria.
Funda em 2006 o jornal on-line “Casamarela5b & ARTS” em homenagem ao Pintor Nelson Dias.
www.casamarela5b.com
Está em estreita colaboração com as actividades culturais e artísticas do MAC-Movimento Arte Contemporânea.

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MAC-Movimento Arte Contemporânea_texto do catálogo

Ao longo de quarenta anos de carreira, Maria João Franco, tem vindo a ser uma intransigente pesquisadora de verdades e de liberdades interiores, não cessando de se transformar – mantendo-se, no essencial, fiel a si mesma.
Maria João Franco perfaz o contorno, realiza o movimento, concretiza a ideia num imaginário pictórico único que lhe atribui um lugar marcante nas artes plásticas portuguesas.
A sua arte tem uma estreita relação com o corpo, com o corpo das coisas, com a ideia primeira de matéria mater, que refaz incessantemente numa busca interminável, como se procurasse o princípio e o fim de um todo que sente ser o nosso, mas, na sua pesquisa, anseia sempre por um fim ou princípio outro.
Aqui assenta toda a diversidade da sua obra em que o fio condutor submerge e emerge, consentindo e confirmando toda a sua versatilidade como artista plástica, como criativa e autora.
No envolvimento cálido e terno nas pinturas que figuram a nossa condição, e que confere harmonia e beleza à trivialidade do quotidiano, sabe-se a vontade e o modo de subtrair riqueza plástica a um seu muito pessoal universo imagético.
O grafismo, aqui afirmado como elemento estilístico, afirma a autonomia da cor, que polariza e atrai a fluidez antropomórfica das formas, é na sua obra de uma importância fundamental.
Fala-nos pela incidência da cor que transporta e assume o papel de interlocutor entre a obra e o espectador.
Estamos agora perante uma artista sem hesitações, de um saber constante e ritmado, onde cada tomada de consciência nos abre o caminho para o seu mundo multidisciplinar, onde cada gesto tem o sabor de uma certeza.
A arte de Maria João Franco, extraordinariamente sensível na fluidez da linguagem das formas, na vigorosa materialidade da cor, na força e no encanto da sua evasão e do seu êxtase, é uma fascinante e esplêndida aventura espiritual e técnica.
As suas obras, são pois materialização de anseios e de sonhos, notas de realce, na Pintura Portuguesa Contemporânea.
A devoção e o grande profissionalismo, a continuidade e o grande empenho que Maria João Franco nos transmite nas suas obras, revelam-nos estar perante uma grande pintora e uma excelente artista, reconhecida não só em Portugal como internacionalmente
Em “tu não aconteces, quando eu te quero” título da exposição que agora nos apresenta, mostra-nos a sua constante evolução, a sua busca sem fadiga, a qualidade intranquila da sua poética, que faz de cada momento uma reencarnação imprevisível, nova uma conquista, um constante enriquecimento.
O vigor e qualidade do conjunto destas obras fará, com toda a certeza, que ele ocupe um significativo lugar na excelente pintura que Maria João Franco vem construindo e a que já nos habituou, confirmando o grande talento e sobretudo a surpreendente qualidade técnica e criativa desta grande artista das artes plásticas do nosso país.

Álvaro Lobato de Faria
Director Coordenador do MAC
Movimento Arte Contemporânea

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Museu da Água_texto do catálogo


Tu não aconteces quando eu te quero
A obra de Maria João Franco é talvez o último reduto de sensualidade neste mundo cada vez mais individualista e asséptico
É pura poesia que habita na tela, na construção da cor e verbo — na palavra que é indissociável da obra final.
Mais do que uma linguagem estética e uma metalinguagem através da palavra a artista criou uma translinguistica que contempla ambas.
Uma translinguististica sobre o amor, sobre o corpo,
sobre a sensualidade, sobre nós e sobre como nos relacionamos no tocar da pele, sobre o respeito no fogo do prazer, sobre a sacralidade da agua que escorre de nós no estâse.

“tu não aconteces, quando eu te quero” é uma exposição sobre a dádiva e a negação no amor.
Porque quando amamos e queremos e o outro ser não acontece, morre um pedaço de nós.
Ensombra-se a claridade do amor pure para o movimento para a frente que o distingue.

A Maria João Franco pinta esse jogo de claridade e sombra dos corpos e das almas, conhece dimensões imperceptíveis do amor e estuda o Mistério.

Fala-nos de mulheres e homens que não se contentam em ser comuns e tentam ser Deus.
(...)

Margarida Ruas Gil Costa
Directora do Museu da Água


Pareceu-nos importante publicar aqui estes dois textos, abordando ambos a obra de Maria João Franco,tendo o primeiro uma abordagem mais ampla ,no sentido de fazer o ponto e a afirmação de toda a obra,e o segundo ,o entendimento pontual daquela que foi a primeira mostra inserida no projecto que se iniciou no Museu da Água em Lisboa e que se continua agora e com novas obras no MAC-Movimento Arte Contemporânea de Lisboa.
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Entrevista
AÇORIANO ORIENTAL
jornalista Margarida Neves Pereira

MARIA JOÃO FRANCO – PINTORA E POETA
TU NÃO ACONTECES, QUANDO EU TE QUERO
Quando a olhamos pela primeira vez, apercebemo-nos de imediato que estamos perante uma alma feminina marcada. Não de uma forma azeda, como tantas mulheres que se afundam nas suas impotências ou incapacidades, mas de uma forma profunda e reflexiva, de uma forma emotiva, humana e silenciosa.
Maria João Franco, esteve recentemente nos Açores, e o seu encanto foi imediato, brevemente irá voltar para cá expor.
Ao contrário da maioria dos artistas, tem o dom da palavra e o seu tom de voz grave funciona como um fio condutor, que transporta cada uma das suas palavras, ao local do córtex devido. Porquê essa diferença acentuada em relação à maioria dos artistas plásticos? Resposta enganadoramente simples – trata-se duma pintora poetisa.
A sua exposição “Tu Não Aconteces, Quando Eu Te Quero” está patente no Museu da Água é, como não poderia deixar de ser um misto líquido entre a poesia e a pintura –“tu não aconteces, quando eu te quero,
Não falas ainda, quando eu te escuto,
Tu não dizes, quando eu te encontro,
Tempos passados de saber sentido,
Tempos esquecidos de saber sofrido
Não sabes ainda quanto eu te entendo”
“Ao longo de quarenta anos de carreira, Maria João Franco tem vindo a ser uma intransigente pesquisadora de verdades e de liberdades interiores, não cessando de se transformar, mantendo-se, no essencial, fiel a si mesma.” Quem o diz é Álvaro Lobato de Faria, director do MAC – Movimento de Arte Contemporânea ao qual a artista aderiu em 2006, com a exposição “Mulher e Eu”, tendo na altura lhe sido atribuído por este Movimento o Prémio Carreira “MAC´2006”.
Iniciou-se a “sério” nas artes plásticas muito cedo, com 15 anos já frequentava cursos de Artes plásticas. Muito influenciada por uma família cujo universo considera “mágico”, com enfoque especial em seu pai – Miguel Franco – reconhecidamente um dos dramaturgos mais importantes da década de setenta em Portugal, pela natureza histórica da sua obra que se confronta então com o espírito do “regime”, e pelo seu marido, Nelson Dias, Professor de Desenho e de Pintura da Escola de Belas Artes de Lisboa, artista que deixou uma inestimável obra de qualidade plástica e uma outra criação na área da banda desenhada, que faz igualmente parte da história de Portugal de Banda Desenhada, também relativa à década de setenta. Dois homens que a marcaram profundamente, quer no plano afectivo, no espaço que naturalmente cada um ocupa, quer no seu desempenho artístico, quer na sua consciência social e postura perante a vida e a morte. E como o sofrimento é o alimento do artista, cada título de cada exposição de Maria João Franco é em si, arte: “A Terra dos Mitos”,“ O amanhecer da memória”, “Um olhar de Pele”, "Estórias do Corpo","Tempo de o Senso e o Ser " ,“Lírica do nu entre Sombras”, "tu vens tão perto...que a distância existe" e poderíamos continuar, porque as exposições foram muitas, estando certos porém que com apenas os seus títulos temáticos, este texto se embelezaria.
“amo-te e os fumos do último atentado ainda não aconteceram
amo-te
e a luz que nos ilumina não nasceu ainda
amo-te,
amo-te é a chave do esconderijo dos meus sonhos e a palavra e a senha
para entrar de novo no meu canto de hino à alegria.”
Esta sua notável sensibilidade, realça uma honestidade nas palavras a que não podemos ser indiferentes. É com a mesma honestidade e frontalidade que fala sobre aqueles que considera “ graves problemas” que afectam a cultura Portuguesa e mais particularmente as artes plásticas. “Um dos maiores problemas que os artistas têm que enfrentar são os “lobbys” das galerias. “A maioria das galerias está exclusivamente vocacionada para vender quadros, e só por esse prisma enaltecem e promovem os ´seus` artistas. Fecham o círculo, apertando-o em torno de um número reduzido de pessoas, algumas efectivamente com qualidade, outras talvez nem tanto, mas assim, fecham-se portas e veta-se à ignorância artistas importantes, por vezes geniais, porque não se encaixam nesse circuito, ou porque estão demasiado embrenhados a produzir obras, ou porque simplesmente não se encaixam”. E continua – isto é muito grave, porque à sombra desta mecânica se vetam ao desconhecimento valores emergentes, mas também ao esquecimento valores reconhecidos e inequivocamente valiosos para a identidade cultural deste povo.”
Esta frontalidade, como anteriormente demos a entender nasce com a sua convivência familiar.
Tal como se lê na sua biografia -“Uma forte ligação triangular "Miguel Franco - Maria João Franco - Nelson Dias " desencadeia no espírito ainda jovem de Maria João Franco o seu sentido de busca, de procura e de pesquisa.Fortemente marcada pelo "expressionismo abstracto" Maria João Franco segue na senda de Nelson Dias a tendência expressionista quer na abstracção, quer na sua passagem para a figuração.
Sentindo como fortes expoentes da pintura portuguesa Rocha de Sousa, Gil Teixeira Lopes, Artur Bual, Luís Dourdil, Júlio Pomar, Resende bebe neles a influência tendo em mira o extravasar de uma pintura de emoções contidas num expressionismo lírico de uma sensualidade quase "aquática" ou meramente fluida que adquire os tons da tragédia atlântica nas suas vagas de tombar profundo.
A gravura é outra das suas paixões.
Mas a esse respeito, a várias vezes premiada (em 1987 o 1º Prémio de Gravura no concurso de gravura integrado nas comemorações do Ano Internacional do Ambiente Setúbal/Beauvais. Ainda em 97 tem o Prémio de Edição na "IV Exposição Nacional de Gravura" Cooperativa de Gravadores Portugueses / Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa) Maria João Franco denuncia a desvalorização e a recusa da maioria das Galerias em aceitar expor gravuras. “A razão prende-se com o facto da gravura ser mais acessível no preço em relação à pintura a óleo, acrílico ou qualquer outro material. A maioria das galerias teme que o mercado se habitue a adquirir gravuras em detrimento das outras obras que obviamente são mais proveitosas do ponto de vista financeiro.”
Contudo, esta artista plástica reconhece não ser este o único problema “a reprodução indevida, em série de gravuras – uma desonestidade – transformam as obras em algo que não era suposto – um produto reproduzível e logo menos valioso. Quando se produz gravuras, as chapas devem ser eliminadas – isso nem sempre acontece.”
Quanto ao estado mais geral da cultura em Portugal, é clara a sua posição “ sem cultura não há identidade, e é frágil o apoio, o reconhecimento dos artistas plásticos, e não só, neste país. Muitos, passaram grandes dificuldades, mesmo aqueles que viram o seu talento reconhecido. O que é uma injustiça dolorosa.”
Recapitulando – a dor alimenta a alma do artista
A Mãe
”Estou triste. O sofrimento enegrece-me a alma. Se eu o pudesse abraçar e passar para mim um pouco de tanta tortura. Como o amor de mãe pode tornar-se em tanta angústia. Já foi. A leveza da criança loira a correr pelo jardim. Já foi o calor morno do colo da mãe. Ainda Maio. E a morte ronda a Mãe. O colo já não é morno. O peito já não é terno. A mãe morre devagar e ainda é Maio e o meu amigo sofre. Quanto do amor, quanto da ternura quanto das memórias lhe guarda o corpo. E ainda é Maio...”
Maria João Franco
por Margarida Neves Pereira/AÇORIANO ORIENTAL

Thursday, April 17, 2008

LIVE ART::Sara Franco_Lisboa


Intervenção de Sara Franco

a convite da Fundação Pampero

Tuesday, April 15, 2008

LIVRARIA TRAMA



Paulo Sousa, sitarista, natural de Lisboa, tem vindo a deslocar-se com frequência à Índia interessando-se profundamente pela sua cultura. Como músico, sempre se dedicou aos instrumentos de cordas, nomeadamente guitarra clássica e eléctrica. Ao descobrir o sitar, instrumento originário do Norte da Índia, passou a dedicar-se inteiramente a ele, tendo sido aluno do mestre de sitar e rudravina Pt. Hindraj Divekar durante o último ano na cidade de Puna no Estado de Maharastra. Foi bolseiro da Fundação Oriente o que permitiu estar nesta cidade durante o ano lectivo de 2007. Editou recentemente mais um CD intitulado "Sitar ao anoitecer". Este trabalho foi resultado de um concerto ao vivo no Centro Cultural de Belém, realizado a 11 de Outubro de 2007. Este concerto teve a participação do tablista indiano Makarand Tulankar e foi transmitido em directo para a Antena 2.
No seu concerto interpreta ragas, proporcionando o ambiente ora meditativo ora agitado, típico deste maravilhoso instrumento. O concerto tem a duração aproximada de 70 minutos. É acompanhado por um tablista.
Para as crianças:
A Livraria Trama, com o apoio da Who - Agência de Talentos Criativos, apresenta o projecto 10:10[10 ilustrações: 10 semanas].A ilustradora Sara Franco irá criar uma série de 10 ilustrações que, durante 10 semanas, serão apresentadas junto com o cartaz do programa musical da livraria.


Sara Franco, artista plástica e ilustradora, nasceu em Leiria e, actualmente, vive e trabalha em Lisboa. Desde o ano 2000 que expõe individual e colectivamente com regularidade, sendo representada pela Who - Agência de Talentos Criativos.


TRAMA - Livraria *
http://atrama.blogspot.com *
Rua São Filipe Nery, N.º 25-B Lisboa (Rato) * 213888257

Programação musical: Seiva Bruta *

geral@seivabruta.org Horário: Segunda, Terça, Quarta e Sábado - 10h00 - 19h00
Quinta e Sexta - 10h00 - nunca se sabe muito bem

Escola Superior de Teatro e Cinema

CURSOS ADEQUADOS AO PROCESSO DE BOLONHA
INSCRIÇÔES DE 5 DE MAIO A 12 DE JUNHO
informações www.esct.ipl.pt
ESCOLA SUPERIOR DE TEATRO E CINEMA
Av. Marquês de Pombal, 22B
2700-571 Amadora
telf::21 498 94 00/fax::214989401

Monday, April 14, 2008

Miguel Franco_um valor na História do Teatro em Portugal


MIGUEL FRANCO
1918-1988

Miguel Franco,figura de destaque da dramaturgia histórica portuguesa dos anos setenta.
Inicia a sua actividade como actor amador, fundada o e integrando o elenco de actores o "Grupo de Teatro Miguel Leitão" extinto por razões alheias à sua vontade em 1965.
Autor de "O MOTIM", obra que tem como ponto de partida a sublevação popular contra uma medida tomada pelo Marquês de Pombal, publicada em 1964 e representada em 1965 pela Companhia do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, com a presença do então Presidente da República Américo Tomás e sua comitiva, seria retirada e proibida, passados dias pela Comissão de Censura e o Teatro D. Maria II devassado pela então PIDE- Policia de Informação e Defesa do Estado.

Das obras publicadas ,fazem parte ainda "A LEGENDA DO CIDADÃO MIGUEL LINO", distinguida com o Prémio Almeida Garrett em 1969.
Publicou ,mais tarde, em 1980 "O CAPITÃO DE NAVIOS".
Deixou inéditos vários projectos de peças teatrais de que destacamos "Leanor da Fonseca Pimentel", "Rosa Benedita", "O Capitão Durand", entre outros dramas inacabados.
Publicou um livro de poemas "Quinta Feira e Outros Poemas", de que destacamos um deles, no dia do 90º aniversário do seu nascimento.


Poesia

Nesta luta de titans em que me afundo
entre mim e os outros
ou entre mim e o mundo,
há uma coisa só que não diviso:
O que é que eu quero?
Que busca ansiosa é a minha?
Nada do que alcanço é o que espero,
e o que espero,sequer, se me avizinha.
Há uma forma, há uma essência , há uma Sobre-Vida,
que uns braços que vêm de dentro de mim querem alcançar.
Busca perdida!
É como se o perfume mais perfeito,
um pescoço esguio e quente eu quisesse abraçar
e encostar ao peito
para o possuir,
e por vezes, raivoso, ciumento
pensasse, como penso, num momento,
as mãos lhe estender,
para o estrangular
e o perder.
Mas mais ninguém o gozar.
Mas não é isto ainda o que quero;
isto ainda tem nome,
ainda se diz.
É algo de mais fundo,
que vem lá da raiz
do primeiro pensamento do Mundo.
O que eu busco:nem se pensa,
nem se diz,
nem se imagina.
É uma Essência mais que Arqui-divina,
que com Ela
o próprio Deus confundo.

Miguel Franco/1962
em "Quinta Feira e outros Poemas"

edição de autor
1962

Ainda,como actor,participou em vários filmes do então novo cinema português, tais como "Crime de Aldeia Velha" ,"O Trigo e o Joio", "Domingo à Tarde","O Cerco","A Fuga","Manhã Submersa" ,"A Culpa","Triângulo Circular".

Miguel Franco nasceu em Leiria a 14 de Abril de 1918 e faleceu em Lisboa a 20 de Fevereiro de 1988.
Uma pequena biografia sua está inserida na publicação"Cinco Mil Portugueses Ilustres"
Em Leiria e em sua homenagem o seu nome é dado pelo INATEL à sua sede "Casa Miguel Franco" e ao teatro inserido no Antigo Mercado de Santana: Teatro Miguel Franco.

Friday, April 11, 2008

VOLTE FACE_Medalha Contemporânea::Um projecto dinâmico e criativo


VOLTE FACE

medalha contemporânea


convite






:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::texto do catálogo

Já muito escrevemos sobre o Volte Face. Sobre objectivos, actividades, prémios.
A cada catálogo, frisamos o quanto somos inovadores, empreendedores, vencedores. Estamos de facto, imodestamente, convencidos de que somos bons profissionais na área que trabalhamos e promovemos, pela camisola que vestimos: o Volte Face.
Tudo isto é já do conhecimento – e reconhecimento – de todos quantos têm privado connosco e acompanhado o nosso trabalho com maior ou menor interesse.
Hoje, quando se comemoram os 10 anos do Volte Face – Medalha Contemporânea, importa contar a história por detrás deste projecto sui generis, que envolve o trabalho de professores, alunos e ex-alunos da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

A turma de 97/98 era exigente. Determinados, empenhados, curiosos e criativos, pediam mais do que confinar-se a 80mm de diâmetro.
O que fazer com eles? Como fazer? A minha experiência como medalhista, aliada à responsabilidade das minhas recentes funções na docência da Tecnologia de Medalhística, faziam com que sonhasse um lugar melhor para a medalha contemporânea portuguesa, um lugar melhor para os jovens escultores, medalhistas, que eu tinha a responsabilidade de formar e lançar no mercado.
A cada estímulo meu, eles ultrapassavam-me em intenções e desafiavam-me com novas propostas que, na sua imaterialidade, me mostravam a forma concreta de perceber a matéria de que eram feitos os seus ideais.
Era de facto um privilégio ter a possibilidade de estar na posição de primeiro ouvinte deste “projecto de sonhos”. Privilégio tanto maior quanto ele foi feito na cumplicidade de um pequeno grupo, numa pequena sala, em “pequenos” registos.
Os primeiros não sabiam bem ao que iam, mas foram e acabaram por tornar-se os pioneiros de um curioso projecto: o Volte Face – Medalha Contemporânea.
Não pioneiros de um estilo, não existe um estilo “Volte Face”, muito embora um certo fio condutor que atravessa o arrojo, a audácia, a liberdade de tratar ironicamente ou até de rejeitar as características, tradicionalmente, tidas como intrínsecas à medalha. Não pioneiros de um estilo, mas pioneiros de um espírito.
Havia dias em que pareciam não fazer outra coisa: organizavam ideias, materializavam projectos, concorriam, expunham. Queriam mostrar e ver reconhecido o empenho. E viram.
Ganharam prémios, encomendas públicas, concursos, exposições, congressos internacionais.
A Tecnologia de Medalhística passou então a funcionar como uma máquina cuja principal engrenagem era o trabalho colectivo desenvolvido por aqueles alunos, que desafiavam amigos e colegas a inscreverem-se na cadeira, a participarem nas exposições, a sonharem o sonho deles. E eram só uns miúdos.
E depois vieram tantos outros, aqui representados, que continuaram o sonho.
A liberdade reivindicada por estes jovens artistas é o alicerce sobre o qual tem crescido o projecto Volte Face. Começámos como Projecto, já fomos Centro de Investigação e hoje, unindo esforços, integramos o Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes. Mas é no trabalho que dia após dia tem sido desenvolvido por estes alunos que encontro a estruturação fundamental para a apreensão e permanência do espírito do grupo: mais do que qualquer pretensão de inovação, o Volte Face cresceu pela partilha e discussão de ideias, pelo desafio do concurso, pelo “friozinho na barriga” na espera pelo resultado. Mais do que a vitória de A, B ou C, o prémio é Volte Face.
Parceiros de manhã, adversários à tarde. Assim é o trabalho no Volte Face em altura de competições. Habitualmente as divergências, desilusões e adversidades, acabam por se extinguir na alegria que é o reconhecimento de algum de nós. Outras vezes não. Somos artistas.
Criámos uma rotina de trabalho praticamente inabalável. Já fazemos isto há 10 anos, já fizemos dezenas de medalhas e sei que poderá parecer-vos monótono, mas dia após dia dou-me conta que o fazemos sempre com o mesmo prazer, com o mesmo fim - promover a medalha portuguesa.
Ainda assim, há dias difíceis no Volte Face. O trabalho acumula-se, há a organização geral da secção, há a divulgação, os pedidos de colaboração, as exposições, os concursos, os prazos sempre no limite, a medalha sempre em “cima do joelho”. Porém, todo este trabalho tem ultrapassado a noção de “obrigação”, contando com a ajuda de colaboradores diversos.
A compensação chega sempre com o reconhecimento público, nacional e internacional. Com o reconhecimento daqueles que trabalham nesta área, num caminho de criação e comunicação artísticas.
Indubitavelmente, afirmo que nos últimos 10 anos, num campo em que as possibilidades criativas sofrem, frequentemente, de condicionalismos formais, materiais, tecnológicos ou de encomenda, o Volte Face criou uma das mais importantes experiências da Medalhística Contemporânea, valorizando e reactualizando soluções, no trabalho diário de promover a medalha enquanto objecto artístico.
Há 10 anos apostámos que conseguiríamos um lugar melhor para a medalha. Hoje, congratulo todos aqueles que contribuíram para tornar este sonho realidade. A nossa aposta foi ganha.
A medalha é. E é cada vez mais uma obra-de-arte.

João Duarte
(Escultor, Professor Associado, Coordenador do Volte Face – Medalha Contemporânea)
nota : a imagem acima consta ddo site VOLTE FACE e é da autoria do Prf. Esc. João Duarte
M.J. Franco, em 11 de Abril de 2008_notícia

Wednesday, April 2, 2008

MAC-Movimento Arte Contemporânea

Estão patentes em colaboração com o MAC-Movimento Arte Contemporânea:
em Lisboa,no
Museu da Água
"tu não aconteces,quando eu te quero"
PINTURA de MARIA JOÃO FRANCO
até 19 de Abril de 2008




Nos Açores,S.Miguel, em colaboração com o ANIMA-Centro Cultural de Ponta Delgada

"esta cor de memórias feita"

de Teresa Mendonça

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Em Lisboa

"UNS E OS OUTROS"

de

Porfírio Alves Pires

na Rua do Sol ao Rato 9C,Lisboa

de 3 a 30 de Abril de 2008

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"DO MEU TRATO EXPANSIVO"

HILÁRIO TEIXEIRA LOPES

Av Álvares Cabral,58-60 Lisboa

até 30 de Abril de 2008


Livraria Trama_10:10 |10 ilustrações:10 semanas|


A Livraria Trama, com o apoio da Who - Agência de Talentos Criativos, apresenta o projecto 10:10[10 ilustrações: 10 semanas].A ilustradora Sara Franco irá criar uma série de 10 ilustrações que, durante 10 semanas, serão apresentadas junto com o cartaz do programa musical da livraria. Sara Franco, artista plástica e ilustradora, nasceu em Leiria e, actualmente, vive e trabalha em Lisboa. Desde o ano 2000 que expõe individual e colectivamente com regularidade, sendo representada pela Who - Agência de Talentos Criativos. Portfolio de Sara Franco aqui.

TRAMA - Livraria *
http://atrama.blogspot.com * Rua São Filipe Nery, N.º 25-B Lisboa (Rato) * 213888257Programação musical: Seiva Bruta * geral@seivabruta.org