Noticia sobre nova livraria em Lisboa, ao Rato
"Quantas livrarias haverá por aí que tenham surgido de um acto de ousadia livre de dois jovens, cada um com menos de trinta anos, que não sejam excentricidades endinheiradas mas, de facto, projectos de vida (empilhados juntamente com tantos outros livros)?
Há uma, pelo menos: a Trama - fica na Rua São Filipe Nery, 25 B (no Rato, ao pé da sede do PS, na rua dos Correios; está aberta de Segunda a Sábado, das 10:00 às 19:00, excepto quintas-feiras, quando fecha indeterminadamente mais tarde, devido à programação cultural).
Abriu há pouco menos de quinze dias, mas já se vem inscrevendo no tecido urbano: por ser um espaço belíssimo (não só pelos livros: pode-se ir tomar um chá e olhar a rua pela parede envidraçada do primeiro andar, pode-se olhar essa mesma tela, à luz ténue dos candeeiros, quintas-feiras à noite, quando há concertos), por ter livreiros inteligentes, simpáticos, porque já se iniciou a programação cultural, com os concertos das quintas-feiras, às 21:00, entre paredes forradas a livros.
Já é conhecida de uns tantos, mas há ainda muitos leitores no espaço anónimo da rede que creio que ganhariam em ir visitá-la. O Jorge Silva Melo escreveu, numa crónica já longínqua, que se sentia responsável por cada pequena livraria que fechasse. Não quero aqui seguir o exemplo à letra, primeiro porque a livraria não vai fechar (a Trama será imortal e omnipresente, filha de Olímpios que é); segundo porque não quero apelar a nenhuma expiação dos pecados dos frequentadores das grandes superfícies (como, obviamente, também eu sou), mas é um facto que estes espaços, livrarias de bairro - sendo que, neste caso, o bairro é Lisboa inteira - devem mesmo ser estimadas, frequentadas. Quantas há por aí, em Lisboa? Quantas vão abrindo? Poucas, quase nenhumas. E, porém, poucas coisas preenchem a rua de forma tão bela, poucas coisas, quase nenhumas, enriquecem tanto a cidade como estes espaços de diálogo de ecos bafientos. E à Trama, como tem espaço de alfarrábio, não faltará bafio, salutar bafio.
É uma livraria especial feita por pessoas especiais . Vão lá visitá-la, se puderem encaminhem este mail para outras pessoas, vão aos concertos - quem quiser receber a programação mensal da Trama basta enviar-lhes um mail ( livraria.trama@gmail.com). Verão que vale a pena.
Decidi publicitá-la justamente por serem proprietários pessoas que me são especiais, mas sei que, se por lá passasse, e a livraria me fosse anónima, cairia de amores por ela, como caiu a revista online "lecool", que deles diz o seguinte:
"Entrei sem saber onde estava. Com o olhar fixo no espaço abri o livro. Foi o primeiro de muitos. A Trama é a mais nova livraria de rua. Dois pisos vistos à transparência são o convite para perdição. Para os mais agarrados à letra e à companhia de páginas tantas, cuidado. As relíquias que aqui se encontram e a diversidade de livros de autor forram as paredes de alto a baixo. Aqui respira-se leitura para todas as artes e feitios, géneros ou gostos. Precisei sentar-me e esquecer que tinha horas. Pedi um chá e devorei a pilha de livros que tinha. Foi um grande momento. Palavra que foi!"
Nota: Ficou um mail talvez demasiado longo, mas enfim, uma livraria exigente requer leitores exigentes!
"Quantas livrarias haverá por aí que tenham surgido de um acto de ousadia livre de dois jovens, cada um com menos de trinta anos, que não sejam excentricidades endinheiradas mas, de facto, projectos de vida (empilhados juntamente com tantos outros livros)?
Há uma, pelo menos: a Trama - fica na Rua São Filipe Nery, 25 B (no Rato, ao pé da sede do PS, na rua dos Correios; está aberta de Segunda a Sábado, das 10:00 às 19:00, excepto quintas-feiras, quando fecha indeterminadamente mais tarde, devido à programação cultural).
Abriu há pouco menos de quinze dias, mas já se vem inscrevendo no tecido urbano: por ser um espaço belíssimo (não só pelos livros: pode-se ir tomar um chá e olhar a rua pela parede envidraçada do primeiro andar, pode-se olhar essa mesma tela, à luz ténue dos candeeiros, quintas-feiras à noite, quando há concertos), por ter livreiros inteligentes, simpáticos, porque já se iniciou a programação cultural, com os concertos das quintas-feiras, às 21:00, entre paredes forradas a livros.
Já é conhecida de uns tantos, mas há ainda muitos leitores no espaço anónimo da rede que creio que ganhariam em ir visitá-la. O Jorge Silva Melo escreveu, numa crónica já longínqua, que se sentia responsável por cada pequena livraria que fechasse. Não quero aqui seguir o exemplo à letra, primeiro porque a livraria não vai fechar (a Trama será imortal e omnipresente, filha de Olímpios que é); segundo porque não quero apelar a nenhuma expiação dos pecados dos frequentadores das grandes superfícies (como, obviamente, também eu sou), mas é um facto que estes espaços, livrarias de bairro - sendo que, neste caso, o bairro é Lisboa inteira - devem mesmo ser estimadas, frequentadas. Quantas há por aí, em Lisboa? Quantas vão abrindo? Poucas, quase nenhumas. E, porém, poucas coisas preenchem a rua de forma tão bela, poucas coisas, quase nenhumas, enriquecem tanto a cidade como estes espaços de diálogo de ecos bafientos. E à Trama, como tem espaço de alfarrábio, não faltará bafio, salutar bafio.
É uma livraria especial feita por pessoas especiais . Vão lá visitá-la, se puderem encaminhem este mail para outras pessoas, vão aos concertos - quem quiser receber a programação mensal da Trama basta enviar-lhes um mail ( livraria.trama@gmail.com). Verão que vale a pena.
Decidi publicitá-la justamente por serem proprietários pessoas que me são especiais, mas sei que, se por lá passasse, e a livraria me fosse anónima, cairia de amores por ela, como caiu a revista online "lecool", que deles diz o seguinte:
"Entrei sem saber onde estava. Com o olhar fixo no espaço abri o livro. Foi o primeiro de muitos. A Trama é a mais nova livraria de rua. Dois pisos vistos à transparência são o convite para perdição. Para os mais agarrados à letra e à companhia de páginas tantas, cuidado. As relíquias que aqui se encontram e a diversidade de livros de autor forram as paredes de alto a baixo. Aqui respira-se leitura para todas as artes e feitios, géneros ou gostos. Precisei sentar-me e esquecer que tinha horas. Pedi um chá e devorei a pilha de livros que tinha. Foi um grande momento. Palavra que foi!"
Nota: Ficou um mail talvez demasiado longo, mas enfim, uma livraria exigente requer leitores exigentes!
A Livraria Trama lançou em 26 de Janeiro de 2008, WANYA,ESCALA EM ORONGO de Nelson Dias e Augusto Mota ,com a presença de Rui Zink,José de Matos-Cruz,Geraldes Lino,Maria João Franco e Augusto Mota.
Nunca é demais relembrar que este lançamento de uma segunda edição de WANYA,ESCALA EM ORONGO ,numa edição da GRADIVA foi feita em Homenagem a NELSON DIAS.
O Casamarela5b, como jornal online criado em homenagem a Nelson Dias, ficará sempre grato à jovem Livraria pela disponibilidade demonstrada para o evento.
M.J.F.
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A Livraria Trama, com o apoio da Who - Agência de Talentos Criativos, apresenta o projecto 10:10[10 ilustrações: 10 semanas].
A ilustradora Sara Franco irá criar uma série de 10 ilustrações que, durante 10 semanas, serão apresentadas junto com o cartaz do programa musical da livraria.
Sara Franco, artista plástica e ilustradora, nasceu em Leiria e, actualmente, vive e trabalha em Lisboa. Desde o ano 2000 que expõe individual e colectivamente com regularidade, sendo representada pela Who - Agência de Talentos Criativos.
TRAMA - Livraria * http://atrama.blogspot.com * Rua São Filipe Nery, N.º 25-B Lisboa (Rato) * 213888257
notícia recolhida
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