“O meu pai era o meu herói.” Parca em palavras, com receio de que a emoção falasse mais alto, a pintora Maria João Franco deixou para os amigos Luís Capinha e Guilherme Valente a tarefa de falar sobre o seu pai, o escritor, ator e encenador Miguel Franco, a quem dedicou a exposição de pintura que pode ser visitada até ao dia 22 de maio, no edifício Banco de Portugal. Num testemunho emocionado, Guilherme Valente, editor da Gradiva, referiu-se a Miguel Franco como a pessoa que talvez mais tenha marcado a sua formação. “Miguel Franco tinha um extraordinário espírito de liberdade. Passou-me um grande sentimento de independência e uma forma de olhar para as coisas sem nenhum condicionalismo.” “Os homens não são como os pássaros. Precisam de pista para levantar voo e o Miguel teve em Leiria e em Portugal uma pista curta”, lamentou Guilherme Valente perante as inúmeras pessoas que assistiram à inauguração da exposição de Maria João Franco, no sábado, data de nascimento de Miguel Franco. Tal como o editor da Gradiva, Luís Capinha recordou muitos dos momentos que passou com Miguel Franco e, em especial, o contributo que deu na área do teatro, através da criação do Grupo de Teatro Miguel Leitão, a que tanto ele como Guilherme Valente pertenceram. Mas mais do que as suas facetas de ator, encenador e dramaturgo, Luís Capinha destacou a de escritor de “O motim” e de a “Legenda do cidadão Miguel Lino”. “Uma pessoa só desaparece do mundo quando a última pessoa que o conhece desaparece, mas ele deixou livros. E enquanto esses livros existirem, Miguel Franco existe.” Graça Teixeira, professora que escolheu Miguel Franco como tema de tese de mestrado, afirmou que as obras do dramaturgo estão a ser estudadas na maior universidade do Brasil, localizada em S. Paulo. E destacou o sucesso, sobretudo, de “O motim”. “A mensagem que nos passa é atual. Fala da dualidade entre os que tudo podem e os que nada podem e nada têm.” Também num registo informal, Paulo Vieira, companheiro de Maria João Franco, anunciou que as obras de Miguel Franco estão a ser adaptadas para teatro pelo diretor do Cine-teatro de Torres Vedras, João Garcia Miguel, que também foi colega da pintora. “Entregámos-lhe os manuscritos para adaptar aos tempos mais modernos.” No entanto, manifestou vontade que a peça estreasse em Leiria. Presente na cerimónia, Raul Castro, Presidente da Câmara Municipal de Leiria, deixou, de imediato, as portas abertas. “É prestigiante para a cidade ter um filho como Miguel Franco. Pelas suas capacidades, conseguiu triunfar dentro da própria comunidade.”
quem somos
QUEM SOMOS
O Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.
Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintorNelsonDias, https://www.facebook.com/pages/Nelson-Dias/79280420846?ref=hl cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.
Direcção e coordenação: Maria João Franco.
O Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.
Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintorNelsonDias, https://www.facebook.com/pages/Nelson-Dias/79280420846?ref=hl cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.
Direcção e coordenação: Maria João Franco.
Tuesday, May 1, 2012
"no meu silêncio vejo-te em palavras" Homenagem a Miguel Franco
“O meu pai era o meu herói.” Parca em palavras, com receio de que a emoção falasse mais alto, a pintora Maria João Franco deixou para os amigos Luís Capinha e Guilherme Valente a tarefa de falar sobre o seu pai, o escritor, ator e encenador Miguel Franco, a quem dedicou a exposição de pintura que pode ser visitada até ao dia 22 de maio, no edifício Banco de Portugal. Num testemunho emocionado, Guilherme Valente, editor da Gradiva, referiu-se a Miguel Franco como a pessoa que talvez mais tenha marcado a sua formação. “Miguel Franco tinha um extraordinário espírito de liberdade. Passou-me um grande sentimento de independência e uma forma de olhar para as coisas sem nenhum condicionalismo.” “Os homens não são como os pássaros. Precisam de pista para levantar voo e o Miguel teve em Leiria e em Portugal uma pista curta”, lamentou Guilherme Valente perante as inúmeras pessoas que assistiram à inauguração da exposição de Maria João Franco, no sábado, data de nascimento de Miguel Franco. Tal como o editor da Gradiva, Luís Capinha recordou muitos dos momentos que passou com Miguel Franco e, em especial, o contributo que deu na área do teatro, através da criação do Grupo de Teatro Miguel Leitão, a que tanto ele como Guilherme Valente pertenceram. Mas mais do que as suas facetas de ator, encenador e dramaturgo, Luís Capinha destacou a de escritor de “O motim” e de a “Legenda do cidadão Miguel Lino”. “Uma pessoa só desaparece do mundo quando a última pessoa que o conhece desaparece, mas ele deixou livros. E enquanto esses livros existirem, Miguel Franco existe.” Graça Teixeira, professora que escolheu Miguel Franco como tema de tese de mestrado, afirmou que as obras do dramaturgo estão a ser estudadas na maior universidade do Brasil, localizada em S. Paulo. E destacou o sucesso, sobretudo, de “O motim”. “A mensagem que nos passa é atual. Fala da dualidade entre os que tudo podem e os que nada podem e nada têm.” Também num registo informal, Paulo Vieira, companheiro de Maria João Franco, anunciou que as obras de Miguel Franco estão a ser adaptadas para teatro pelo diretor do Cine-teatro de Torres Vedras, João Garcia Miguel, que também foi colega da pintora. “Entregámos-lhe os manuscritos para adaptar aos tempos mais modernos.” No entanto, manifestou vontade que a peça estreasse em Leiria. Presente na cerimónia, Raul Castro, Presidente da Câmara Municipal de Leiria, deixou, de imediato, as portas abertas. “É prestigiante para a cidade ter um filho como Miguel Franco. Pelas suas capacidades, conseguiu triunfar dentro da própria comunidade.”
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