quem somos

QUEM SOMOS







O Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.

Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintorNelsonDias, https://www.facebook.com/pages/Nelson-Dias/79280420846?ref=hl cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.


Direcção e coordenação: Maria João Franco.
https://www.facebook.com/mariajoaofranco.obra
contactos:
franco.mariajoao@gmail.com
+351 919276762


Saturday, May 30, 2009

Rosa Reis

ESPAÇOS - experimentação do olhar
Fotógrafa freelance, desenvolve projectos de autor e colabora estreitamente com o Ecomuseu Municipal do Seixal, com especial incidência no património e arqueologia industrial, colaborando ainda com entidades estatais, empresas e particulares. Já ganhou inúmeros prémios em concursos fotográficos no país e no estrangeiro, e expôs em todos os países da União Europeia, Brasil e Índia.

Rosa Reis obteve a sua formação fotográfica no ARCO, no atelier de Carlos Marques, na aula do Risco e numa pós-graduação em Estudos de Fotografia, ministrado pelo IADE, mas o olhar, esse, nunca o aprendeu.Tem uma predilecção especial por ambientes industriais, aos quais atribui uma dimensão humana, sob o ponto de vista do trabalhador, e uma dimensão nobre do ponto de vista da obra em concreto. Prova disso são os trabalhos publicados em diversos livros: “Aquedutos de Portugal”; “125.º Aniversário da Boa-Hora”; “Justiça – As Palavras e os Actos”; “Mundet no Pulsar do Tempo”; “D.Fernando II e Glória – A Fragata que Renasceu das Cinzas”; “Abrir Lisboa ao Sul”; “Ponte Vasco da Gama”; “50 Anos de Pintura e Escultura em Portugal”; “Miguel Barbosa – Pintura”; “Museu da Cortiça da Fábrica do Inglês”; “El Suro”; “Cortiça – Expressões do Trabalho”; “Por uma Pitada de Sal”; “Olhares de Lisboa”; “Seixal Jazz Agenda 2000/1”; “Abrir Lisboa ao Sul – II”; “Lisnave – Contributos para a História da Indústria Naval em Portugal”; “Das Eisen – El Ferro”; “Século XX Português – Cem Imagens Cem Legendas” (com 5 imagens na exposição do Centro Cultural de Belém); “Os Grandes Hóteis de Portugal”; “Jazz Escute e Olhe”; “Com os Homens do Aço”; “Água – Fogo – Ar – Cortiça”. Possui uma exposição permanente em:
www.jazzportugal.net (fotografia/rosa reis).O reconhecimento do trabalho em revistas e prémios por todo o mundoEsta fotógrafa freelance viu o seu portfólio ser publicado na revista alemã “LEICA” em 1995. Tem igualmente trabalhos publicados nas revistas estrangeiras “PHOTO”, “Photo Repórter”,”Chasseurs d'Images”, “Reponses Photo” e “Fotographare”, e em diversos jornais e postais.Premiada em vários concursos, representou por quatro vezes Portugal no estrangeiro. Em 2002 foi directamente contactada pela Foto Espanha para representar Portugal com um projecto desenvolvido sobre Lisboa (bairros populares de Alfama, Bica, Bairro Alto, Mouraria, Madragoa e Alcântara).
Reis apresenta também uma outra faceta, a de ceramista e, neste âmbito, já expôs em todos os países da União Europeia, estando representada em diversos locais: Musée di Main – França; Instituto Camões – Luxemburgo; Museu de Marinha – Lisboa; Museu Bento Gonçalves – Portimão (Algarve); Museu Municipal de Loures; Ecomuseu Municipal do Seixal; Museu Municipal do Barreiro; Fórum Cultural do Seixal; Centro Cultural de Nazaré – Ministério da Justiça; Tribunal da Boa-Hora; Tribunal de Setúbal; Direcção Geral da Administração da Justiça; Centro de Estudos Judiciários – Lisboa e Setúbal; Hospital de S. José; Lisnave; Sagies; Parque Tecnológico da Mutela – Almada e diversos particulares.
Em 2004, a Câmara Municipal do Seixal atribuiu-lhe a medalha de mérito cultural.(...)


Rosa Reis é uma artista no sentido exacto da palavra, pela alegria que transmite aos outros, pela sua generosidade, pela forma idealista como encara a sua arte e pela originalidade e perspicácia como capta os melhores ângulos de um rosto, o sentido de um gesto, de um movimento ou de vários aspectos do quotidiano, transformando a realidade através de um modo de ver, de visualizar que é o seu .
Com as imagens que Rosa Reis nos oferece, podemos identificar o seu modo de estar e sentir ,os seus motivos, a forma mágica com o ela integra a realidade dos objectos, a sua presença num mundo continuado e poético que é a sua obra.


Um olhar perspicaz , vocacionado para a captação intemporal do mundo , das pessoas e das coisas, dos espaços e dos tempos, Rosa Reis capta a magia do momento incomensuravelmente mínimo, em que o seguinte se desiguala por força do tempo que vivemos, insertos que somos no nosso universo cósmico.
A fotografia, distantemente das outras artes bidimensionais, fixa o momento exacto .
Tentativa usada pelos impressionistas, no sentido de recolher o instantâneo de luz /cor de cada momento. Longe do impressionismo e do realismo em termos estéticos e mesmo descritivos, a inclusão da fotografia como meio moderno surge como sintoma de ruptura e fim da modernidade e, paradoxalmente os fundamentos do postmodernismo.
A imagem fotográfica tem a capacidade de reter presenças que de algum modo sirvam, por um lado para o reconhecimento do real e sua apreensão como a mágica representação de momentos de memória.
Entra por este meio no universo das artes, da arte, talvez ao nível da simbólica representação pré-histórica para a apreensão do objecto, tornado objecto de arte pela evolução dos conceitos.
Tomemos esta analogia como se a fotografia fizesse parte ainda da da antropologia das memórias registadas.
Mas, quando a fotografia ultrapassa o real e penetra um mundo filtrado pelo fotógrafo,
entra já conceptualmente no campo da arte como fazendo parte integrante dos objectos sujeitos à manipulação do artista,surgindo um objecto-outro posto em acto pela mente critiva do artista.

Em Rosa Reis, ao logo da sua obra publicada, sentimos esse estímulo de registos e comparações do homem em habitats vários, reformulados e inseridos em contextos vários,dando-nos por vezes a dimensão de escalas e situações em que o homem se ultrapassa a si próprio; noutras séries de obras oferece-nos o inquietante e palpitante espectáculo do frenesi actuante, como se o som e o movimento parassem no tempo, para nos fazer chegar o sentir e o respirar daquele momento.
Assim, é necessario chamar a atenção para o facto de a obra de Rosa Reis não ser a imagem em geral, mas sim o modo como aquela foi concebida e realizada através de um dispositivo técnico elemento intermediario e interfactual entre ela e o mundo.
No entanto e apesar desta demarcação é evidente , que na sua condição real de imagem, depende ainda de outras relações .
A mais problemática será sem duvida do ponto de vista histórico e ontológico que a imagem assinala como uma ferramenta de representação realistaque Rosa Reis na sua imensa qualidade delata, pela formulação interna que determina a sua forma específica de aprender a realidade, dá-nos essa mesma realidade como sua.
É por esta qualidade que Rosa Reis nos nos oferece aquilo que tomou para si no tempo e no momento como corpo e alma das coisas ali representadas.

  • A ver no MAC-Movimento Arte Contemporânea ,Rua do Sol ao Rato 9C, a partir de 2 de Junho de 2009, pelas 19 horas.






A fotografia remete-nos para o incomensuravelmente mínimo dos registos da memória, cumprindo assim o papel de arquivo dos espaços por onde o nosso olhar perpassou.
MJF

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