Miguel Germano Franco 17 anos
Miguel Franco desenvolveu o teatro na sua cidade natal. Recriou o Grupo de Teatro Miguel Leitão de que era director e encenador. A partir de 1950 com a apresentação, por todo o país, da peça Tá-Mar, de Alfredo Cortez, o Grupo de Teatro Miguel Leitão passa a ter um papel relevante na dinâmica do teatro amador em Portugal, salientando-se outras representações, entre as quais O Duelo deBernardo Santareno (proibida pelo regime salazarista antes da estreia). Fez também dar a conhecer as obras de Gil Vicente, numa acção pedagógica e cultural por todo o País. Incentivou o teatro ao ar livre em festivais de verão, começando pala cidade de Leiria onde recriou ao modo vicentino A Farsa de Inês Pereira, que apresentou em espaços como o Castelo de Leiria, Claustro doMosteiro de Alcobaça e Convento de Tomar. Criou no Ateneu Desportivo de Leiria, de que era director, um espaço de conferências a que chamou Sexta-feira à Noite, no qual intervieram entre outrosLuiz Francisco Rebello, Bernardo Santareno e Rogério Paulo.
Como dramaturgo,é considerado o elemento da dramaturgia histórica mais importante da década de 1970, na História do Teatro em Portugal, de Luiz Francisco Rebello. Da sua obra fazem parte O Motim, A Legenda do Cidadão Miguel Lino, O Capitão de Navios, Visita Muito Breve, tendo deixado várias obras por terminar, de que se destaca Leonor Fonseca Pimentel.
Actor de cinema a partir da década de 1960, participou em mais de dez películas cinematográficas, como Crime de Aldeia Velha (1963), O Trigo e o Joio (1964) e Lotação Esgotada (1972) deManuel de Guimarães, Domingo à Tarde (1966) de António de Macedo, O Cerco (1970) e Vidas (1984) de António da Cunha Telles, A Fuga (1976) de Luís Filipe Rocha, O Rei das Berlengas (1978) de Artur Semedo ou Manhã Submersa (1980) de Lauro António.
A sua última entrevista para a televisão foi feita por Jorge Listopad, a 19 de Fevereiro de 1988, na RTP1.
Foi atribuído o seu nome ao Teatro Miguel Franco, equipamento cultural construído em 2003 na cidade de Leiria.
na sua peça Legenda do Cidadão Miguel Lino , Miguel Franco faz reviver e dá voz ao filho idealizando a personagem "filho do cidadão Miguel Lino"
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