quem somos

QUEM SOMOS







O Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.

Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintorNelsonDias, https://www.facebook.com/pages/Nelson-Dias/79280420846?ref=hl cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.


Direcção e coordenação: Maria João Franco.
https://www.facebook.com/mariajoaofranco.obra
contactos:
franco.mariajoao@gmail.com
+351 919276762


HILÁRIO TEIXEIRA LOPES


Hilário Teixeira Lopes





A vida e a obra de um artista decorrem em sentido paralelo, são duas facetas do mesmo ser, duas vertentes de uma única personalidade.



A vida e a obra do Mestre Hilário Teixeira Lopes decorrem da energia imanente dos seus estados anímicos, expressos através dos instrumentos próprios da arte.


Pintar, torna-se então uma experiência tangível e sensorial, um estado de intensa emotividade, que enquadra as alegrias e tristezas próprias do Homem e as experiências que decorrem do seu espaço-tempo vivido.


Sobre a vida e sobre a tela, ressaltam ímpetos de criação, orquestrados segundo ordens diversas de sentimentos.


Onde antes se adivinhava o vazio, aparece agora a vigorosa materialidade da cor, potenciando as mais diversas figuras que a nossa imaginação quiser libertar.


A força estética de Hilário Teixeira Lopes, a sua qualidade artística mais íntima, nasce dessa convivência entre formas ricas e espontaneidades aparentemente incontroladas, potenciadas entre criador e fruidor, ora na forma ardente e comprometedora dos vermelhos voluptuosos, ora no perfeito equilíbrio de sensações estabelecido pela frieza calmante dos azuis.


Presentemente, todo o espaço é mais espraiado e as composições mais abertas, mais lumínicas, mais sintéticas.


Numa ausência de figuração, porque não a há, os gritos de cor aparentemente aleatórios, indeterminados ou ambíguos, ecoam sobre o céu branco da tela, difundindo magia em pinceladas largas.


O gigantismo impera, passivos que estamos perante tal explosão cromática, e vogamos ao sabor do traço expansivo, das cascatas insinuadas, dos rios de matéria espessa que descemos e subimos por sucessivas ramificações e afluentes infinitos, no sentido contemplativo da experiência artística.


Transmitir sentimentos à matéria e extrair da matéria os seus próprios sentimentos é a proposta transcendente que Mestre Hilário Teixeira Lopes nos propõe nesta sua nova fase de pesquisa.


Em tempo de criatividade – A expressão de sentimentos, quebra o espelho fácil da realidade, substituindo-o pela emergência de um mundo interior colorido, em estados de alma que traduzem um olhar aguçado sobre a vida e sobre a arte.


Fazendo-nos parceiros da beleza que cria, cúmplices do seu mundo de fantasia, Mestre Hilário recria um clima próprio de sensibilidade rítmica, com a pureza e a mestria técnica de quem não só cria arte mas é ele próprio arte – arte de viver, de ver o mundo e de o transmitir como um guia do pensamento.


Na sua incessante faina de criador, sem esmiuçar detalhes, recria sonhos e descreve mundos, registando as imagens inesquecíveis que um dia julgámos adivinhar por entre as nuvens do céu azul de verão.


Alquimista da cor, aprendeu a decompor a realidade em sensações, que traduzidas plasticamente com grande qualidade estética, nos dão a palavra-chave necessária para descodificar o caminho inverso até à realidade de cada um de nós.


E porque a ARTE é sempre uma forma de expressão relacionada com cada temperamento, eis porque as obras de Mestre Hilário são afinal documentos sinceros do seu mundo sensível e da sua personalidade, onde todos nos conseguimos rever e encontrar. E aqui reside o maior dos seus triunfos.


Perante estas considerações, entendemos que de nada servem mais palavras para aferir o constante desenvolvimento plástico que contemplamos, ano após ano, no trabalho do Mestre.

Deixemos pois, que o tempo seja de criatividade, dando largas à expressão de sentimentos.


Álvaro Lobato de Faria
Abril 2011