quem somos

QUEM SOMOS







O Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.

Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintorNelsonDias, https://www.facebook.com/pages/Nelson-Dias/79280420846?ref=hl cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.


Direcção e coordenação: Maria João Franco.
https://www.facebook.com/mariajoaofranco.obra
contactos:
franco.mariajoao@gmail.com
+351 919276762


Tuesday, October 29, 2013

O MOTIM de Miguel Franco pelo SEIVA TRUPE/ Porto 1987



capa de Francisco Relógio





clique no link para ver  O MOTIM / Seiva Trupe  / RTPMemória online

Saturday, October 26, 2013

Papel da Arte e Problemas de Saúde Mental





Num universo povoado e multiplicado por um sem número de sensibilidades e razões, resultantes estas de vários sistemas de estrutura gregária é-nos dada a consciência da existência de uma actividade humana a que chamamos ARTE.
Como diz Dino Fromaggio: “Arte é tudo aquilo que os homens dizem que é arte” podemos então assim admitir que qualquer forma de expressão plástica é Arte, independentemente da sua categorização ou do seu patamar de explicitação ou catarse.
No entanto, toda a expressão plástica tem por detrás de si uma forte necessidade de comunicação. É uma linguagem” permissiva” que abarca toda a possibilidade de comunicação, mesmo de diálogo interior.
Ainda que esse mesmo não seja intencional e consciente de mim para o “outro” ou para “eu” próprio.
A abrangência da arte é global e presta-se a várias definições e aquisições para o seu “campo”, havendo uma confusão de conceitos através dos tempos, a partir dos quais os académicos e estudiosos tentam estruturar e circunscrever aos objectos em acto que podem e devem figurar no campo da Arte.
Actualmente, configuramos no campo artístico as pinturas pré-históricas das quais muitos significados ainda desconhecemos. Porém, essas “obras” contêm já os elementos plásticos que serviram a Kandinsky para a sua teoria e defesa da Arte Abstrata.
A diferença temporal e os vários patamares civilizacionais que decorreram entre a sua execução é de séculos e só no séc XV e, por razões teóricas, se incluem esses “ grafitis” no território da arte.
A Arte é  expressão interior e objectivação no mundo exterior
A realidade, sabemos, não é como a percepcionamos, por isso mesmo é necessária uma aprendizagem que nos leve a mover-nos no mundo real, no autêntico que, muitas vezes, nos escapa e confunde.
O individuo que se sente legado para “círculos” que o marginalizam e estigmatizam por uma ou outra razão considerada patológica tende a iludir-se no seu “refúgio” criando à sua volta uma barreira que impede a coparticipação e contacto com os seres que constituem as estruturas das sociedades na sua complexidade.
Assim, no subentendimento da expressão plástica podemos tomá-la também como uma terapia generalizada na comunicação do “eu” para com o mundo, comunicação essa que por vezes se torna impossível por razões temporais, interculturais ou de outra ordem.
Para tomar um ou dois exemplos já consagrados na história mundial da arte, podemos citar um Baselitz ou um Pollock.
No primeiro caso, Bazelitz opta por inverter formalmente o que lhe é representado como real, como se a ordem das forças físicas que nos mantem se invertessem e o mundo vivesse ao contrário de si próprio.
Poder-se-ia apostar aqui num tipo de análise que não cabe no nosso campo, tal como acontece com Pollock em cuja obra impera o caos que não sabemos se dominava na sua atmosfera psíquica ou se o autor quereria comunicar ao mundo um ”retrato de época”.
Falando também de intervenções que podem ser consideradas como artísticas e de integração consideraremos a arte infantil. No campo da arte infantil encontramos várias criações de “novos mundos” para a criança, de forma a auto inserir-se no mundo que a rodeia, mas à sua maneira. Por uma forma que a pouco e pouco, ela possa compreender o mundo que a rodeia, apresentando-o de início como quer (de uma forma simbólica) e impondo ou opondo, desde logo, o seu “posicionamento” individual ao seu autêntico habitat social.
De qualquer forma a terapia pela expressão plástica é extensível aos considerados artistas consagrados. A obra constitui um acto catártico em que o autor se revê como se o mundo fosse, não como é , mas como ele quereria que fosse. É a aproximação a uma outra realidade, a uma necessidade de vivenciar um outro mundo feito à sua imagem interior.
A inserção social da obra contribui para a subjectividade do seu autor.
É na expressão do seu interior que o autor se propõe mostrar ao mundo tal como é, na sua fragilidade e potência, num modo terapêutico de autoconhecimento e realização de identidade.
Essa expressivadade do sujeito pode ser vista não só como uma defecação mental mas também como um potencial acesso ao outro, ou seja, ao aparecerem no âmbito de uma exposição – acto social – estas obras serão vistas por outros, o que acentua a subjectividade do autor por meio de um entrelaçamento intersubjectivo com aquele que contempla a sua obra.
O autor, e em particular nestes casos, é assim retirado da sua quase absoluta solidão e integrado mesmo que parcialmente, num circuito social.
As iniciativas deste género são assim, verdadeiros contributos para combater um dos maiores flagelos dos nossos tempos: a solidão humana.
Curadoria : Álvaro Lobato de Faria  - director do MAC- Movimento Arte Contemporânea

Ponencia Arte y Problemas de Salud Mental


Contrariando o modelo baseado no alienismo e no enclausuramento das pessoas com doença mental, a valorização das competências artísticas dos portadores destas doenças que tem vindo a ser efectuada pelo Programa Nacional para a Saúde Mental, e que envolve a luta e a dedicação de muitos intervenientes, evolui pelo esforço comum de humanizar os tratamentos e pela defesa de um conceito de saúde como direito humano fundamental, que ultrapassa a ideia simplista da ausência de doenças, afirmando-se antes como componente primordial da qualidade de vida, da qual o livre acesso à arte é indissociável.
Numa sociedade que tem a necessidade de criar padrões, todos os que assumem uma configuração de diferença, acabam por se tornar incompreendidos, assustam, ameaçam os valores de “normalidade” instituídos. Este facto, em muito tem contribuído para o isolamento das pessoas com doenças mentais como forma de protecção da restante esfera social. Mas apesar deste medo ampliado, permitam-me afirmar que a arte é esse espaço onde o são e o insano se conjugam, se confundem, se reconciliam, com total liberdade e legitimidade.
A inclusão da arte como terapêutica alternativa no contexto da saúde mental, tem vindo a traçar as linhas de novos e deslizantes territórios, de contornos ainda indefinidos, onde as categorias tradicionalmente utilizadas pelos padrões críticos ou estéticos anteriormente forjados não encontram oportunidade.
A associação entre as perturbações mentais e a produção artística faz parte da história da humanidade, ganhando relevância no final do séxulo XIX e atingindo especial destaque em 1945, data em que o pintor francês Jean Dubuffet realçou esta pureza do impulso artístico através do termo «Arte Bruta», referindo-se à arte pura, natural, versão livre da figuração psicológica que transcende ou ignora a diferença entre as frágeis fronteiras da sanidade e da inconsciência, que pouco ou nada deve à arte convencional e aos clichés culturais, voltada antes para a integridade do ser existencial.
Produzida por criadores anónimos, espíritos exilados e arredados dos circuitos artísticos profissionais, logo, livres de qualquer influência de estilos oficiais ou imposições de mercado, a Arte Bruta, mais do que um fim, é um meio, que utiliza as emoções mais profundas como utensílios de trabalho.
Para compreender toda a extensão e complexidade das reflexões e afirmações estéticas que estes artistas propõem, haveria que encontrar e inventar outras categorias e modelos interpretativos, bem como outros horizontes de entendimento crítico, histórico, estético ou sociológico.
Fortalecendo e valorizando a diversidade por via de distintas linguagens e abordagens que visaram a inclusão, a desconstrução de preconceitos, o incentivo à tolerância e o respeito pela diferença, os teóricos da Arte Bruta insistem em defender que aqueles que passam pelo grande sofrimento do rompimento com a realidade, do mergulho sem protecção nos abismos do inconsciente, podem, por meio da expressão artística, buscar o caminho de volta para a superfície, e ainda que ameacem destruir a comunicação comum, possibilitam uma comunicação outra, mais genuína, mais directamente relacionada com as fontes de criatividade do que a arte tradicional conscientemente produzida. Ainda que possa existir um corte de comunicação com o mundo, não existe um corte de comunicação com o outro.
Injustamente ignorada, criada em condições muito particulares de silêncio e solidão, existe então esta arte anónima, inconsciente do seu próprio nome e das suas potencialidades, nomeadamente, da sua espontâneadade e autenticidade expressiva.
Frequentemente denominada de primitiva, virgem ou crua, esta arte reivindica que a liberdade da criação é infinita e assiste por direito a qualquer homem, com ou sem formação específica, detentor ou não de condicionalismos físicos ou psíquicos.
Por alguma razão, determinados criadores, habitantes de mundos paralelos, escapam do conformismo social e dos condicionamentos culturais institucionalizados. Nos domínios da pintura, da escultura ou da fotografia, estes artistas de invulgar sensibilidade, afirmam um discurso original, e através dos distintos elementos das suas caligrafias pictóricas ou escultóricas, multiplicam os diálogos paradoxais da condição humana.
Ludibriando a razão, desvalorizam as hipóteses de sentido, de finalidade e de resposta aos “porquês” que o socialmente aceite tanto insiste em colocar. Perante as suas obras, a única realidade é a da sua própria imaginação, mais dependente de um qualquer estado de espírito do que de qualquer estilo específico, cultivando apenas a crença de que a emoção, a visão interior, é tão ou mais importante que o mundo concreto.
Seres dotados, detêm uma vontade livre e em virtude desta liberdade contornam as características fixas e reguladoras e exprimem um mundo só seu, um mundo que é a reflexão desse complexo de instintos e pensamentos, sentimentos e emoções, a que chamamos personalidade.
Marginalizados ou exclusos, mantêm-se salutarmente inconscientes das tradições académicas ou das modas vanguardistas, são indiferentes às críticas e, maioritariamente, únicos destinatários das próprias obras.
Deserdados da sociedade, agem por instinto, por estados, dores ou delírios de alma – complexos, intrincados e intensos –, mas falam uma linguagem primordial, um léxico que recorre a vocábulos puros e acessíveis a todos, e a sua imperiosa necessidade de expressão enobrece qualquer forma, seja qual for o tipo de suporte, o tipo de matéria, o tipo de processo para alcançar um resultado.
Fosse aquilo que eles fazem igual àquilo que todos fazem e ser-nos-ia totalmente desnecessário continuar a assinalá-los, a relembrá-los, a homenageá-los. Acontece, porém, que toda a herança estética que nos legam, é necessária precisamente porque nos impede de descansar em cima de conceitos e valores estandardizados ou canonicamente correctos.
Falar da obra destes estes artistas que não sabem que o são, é falar do sonho, logo, não pode ser racionalmente explicável em prejuízo de perder metade do sentido pelo caminho.
Aceitando a ruptura entre razão e imaginação, tornamo-nos capazes de validar esse reino imaginário que nos é estranhamente sinistro, cheio de incongruências que nos perturbam mas, no limite, nos fascinam. Pelo contrário, se ambicionarmos dissecar este universo, teremos de tecer complicadas considerações racionais no intuito de explicar coisas que só os sentidos entendem à primeira. Há em cada pormenor saído das mãos destes pintores, escultores ou fotógrafos, um elemento mágico que reclama a nossa atenção.
Ao serem reconhecidos publicamente como artistas, estes criadores são capturados pela rede cultural e incluídos na sua órbita, depois de terem vivido um período de exclusão. Neste sentido, a valorização da auto-estima que a arte possibilita aos portadores de doenças mentais é significativa da reorganização psíquica e da reinserção social que a partir deste processo se potencia, exteriorizando e exorcizando a condição de passividade e incapacidade erróneamente associada à doença mental.
Crendo que é condição de qualquer fruidor de obras de arte uma alma de explorador, não poderia, ao longo da minha carreira de galerista, comissário e curador de arte contemporânea, deixar de ficar indiferente a estes mundos desconhecidos, verdadeiros tesouros muitas vezes confundidos com delírios e alucinações, mas bem reais para as pessoas com doença mental. E não será que o delírio e a alucinação provêm do mesmo impulso libertador e catártico a que chamamos inspiração?
A imprecisão das distintas definições de arte que conhecemos, acontece porque em todas elas se considera como objectivo da arte a obtenção de prazer estético e não o seu propósito na vida da humanidade. E é bem provável que a arte seja indefinível e que o eterno debate em torno das suas características particulares seja inglório, mas de uma coisa estou certo, alcançar a essência da arte passa por deixar de olhar para ela como um veículo de prazer hedonista e analisá-la como uma das condições de bem estar da vida humana.
Assim considerada, a arte é por excelência um meio de comunhão entre as pessoas. Todas as pessoas. A experiência estética da criação que é hoje utilizada como forma de expressão e comunicação pelos portadores de doenças mentais, pode e deve, então, ser rentabilizada no sentido de criar novos territórios de acção que ultrapassem a simples função terapêutica, proporcionando o enriquecimento dos reportórios da subjectividade expressiva.
Qualquer obra de arte faz o fruidor entrar em comunhão com aquele que a criou e, simultaneamente, com todos aqueles que antes ou depois dele tiveram ou terão a mesma impressão artística. A particularidade deste meio de comunicação, distinto da comunicação por via da palavra, consiste no facto de que pela palavra a pessoa transmite a outra os seus pensamentos, enquanto pela arte, a pessoa transmite a outra as suas emoções e sentimentos mais profundos e ocultos, o seu labirinto de significações, o espelho da sua alma.
A função primordial da arte é então baseada no facto do homem que recebe a expressão de outro homem ser capaz de experimentar o mesmo sentimento que aquele experimentou e expressou por sinais, formas, linhas ou cores. Ora, é nesta capacidade das pessoas serem contagiadas pelos sentimentos de outras pessoas que a terapia pela arte surge como derradeira intermediária das relações sociais.
A verdadeira arte é a expressão imaginativa da emoção, da experiência mágica de comungar o sentimento do outro, que aposta numa certa visão das coisas que é própria das crianças e talvez de certos adultos, cada vez mais raros, que não são mitigados por quaisquer experiências “adequadas” e que mantêm viva essa qualidade infantil de um olhar que ainda não foi distorcido pela influência do pensamento racional ou dedutivo, um olhar que aceita a correlação das incompatibilidades, a auto-suficiência das imagens que, pelo acto da intuição poética, se constituem mistérios que ultrapassam a nossa faculdade lógica.
A arte produzida por pessoas com doença mental, hoje merecidamente aqui glorificada, evita, por definição, os olhares alheios dos públicos das galerias ou dos museus, não reivindica estatutos ou legitimações, antes transgride as normas da “arte estabelecida”, sendo a sua única preocupação a de criar, a de comunicar diálogos interiores que necessitam ser exteriorizados. Porque de todas as formas humanas, a única que não oprime é a arte.
A acção destes artistas não cabe em compêndios nem em enciclopédias. Na sua ambição pueril, têm-se isolado para se encontrarem a sós consigo mesmos, num diálogo comprometido com as pulsões do subconsciente que por vezes só eles entendem, mas que generosamente doam aos outros homens.
A utilização de recursos artísticos como possibilidades terapêuticas alternativas, enfatiza, a meu ver, não só o carácter multifacetado da saúde, que engloba o bem estar físico, o bem estar psíquico e o bem estar social, mas também a defesa da diversidade humana, que tem de ser aceite e valorizada como uma virtude e não como um defeito.
Na arte como na vida, conviver com a diferença é uma necessidade vital que nos distingue como seres humanos, e nunca o mundo necessitou tanto dessa convivência e aceitação como nos dias de hoje.
Porque as pessoas são pessoas, não são doenças, os sentimentos dos autores que hoje aqui homenageamos, variadíssimos, fortes, significantes, conscientes ou inconscientes, contagiam os fruidores da mesma maneira que contagiaram os seus criadores, constituindo-se as suas emoções as matérias moldáveis da arte.
É na substância dos sentimentos que estes artistas encontram os seus significantes mais próximos e, através deles, empreendem a travessia da plasticidade, viagem de lá para cá, num percurso de significação e transmutação da sua “realidade sonhada”, aqui e além atravessada por um rasgão, um grito de alerta, como que a dizer: – Eu estou aqui! Também eu tenho o direito de aqui estar!


Saturday, October 19, 2013

ROTA DE ARQUITECTURA KORRODI_ uma forma diferente de visitar Leiria

CURATORIAL PRACTICE, GENDER DISCUSSION AND CULTURAL MEDIATION

ROTA DE ARQUITECTURA KORRODI – KORRODI ARCHITECTURE TOUR – A DIFFERENT WAY TO VISIT LEIRIA TOWN

A wonderful work design from Luis Poças who is a great fan from Korrodi architecture.
Walking around Leiria town is possible to admire Korrodi work, a famous architect from Switzerland who came to Portugal on XIX century. if you want to make a walk tour around the town during two or four hours, contact me.
Private building – Zuquete building, 1914
Private building – 1912
You can contact Luis Poças and ask for this beautiful work.
AUTOR/Akorrosi 1 em execuçãokorrodi 2 em execuçãoRua Afonso de Albuquerquecasa do arco2casa do arcoUTHOR:
Luis Poças
Contact:  lp12364@gmail.com
 Work:  Design at S M de Leiria


Monday, October 14, 2013

MORE PHOTOS – BRIDGE BUILDERS, UNITYGATE AT CASINO LISBOA, LAST SEPTEMBER

MORE PHOTOS – BRIDGE BUILDERS, UNITYGATE AT CASINO LISBOA, LAST SEPTEMBER

PHOTOS – ALL RIGHTS, CASINO LISBOA
António Mil-Homens and Genoveva Oliveira, art curator
António Mil-Homens and Genoveva Oliveira, art curator
2013-09-21 18.06.232013-09-21 18.14.312013-09-21 18.21.192013-09-21 18.23.122013-09-21 18.23.442013-09-21 18.24.162013-09-21 18.33.01
AMALGAMA DANCE COMPANY
AMALGAMA DANCE COMPANY
2013-09-21 18.36.08
STELLA HO DANCE COMPANY (MACAO)
STELLA HO DANCE COMPANY (MACAO)


NEXT CURATORIAL PROJECT – BOLOGNA, ITALY, 7 DECEMBER 2013

NEXT CURATORIAL PROJECT – BOLOGNA, ITALY, 7 DECEMBER 2013

concept italy











EXCELENT SELECTION FOR THE PROJECT “SAVE THE CHILDREN” – PORTUGUESE ARTISTS -BOLOGNA, ITALY
Great organization from MASSIMO PICCHIAMI
Portuguese artists:
Carlos Mota,
 Clotilde Fava,
 Isabel Lima,
 Manuel Lima,
 Maria João Franco

Portuguese curator: Genoveva Oliveira

Participation of other italian curators
Day: 7 December, Bologna,Italy
Place: CampograndeConcept


Saturday, October 5, 2013

GRAFOLOGIA DA ALMA de Odete Silva


Prova de Artistacid:image002.png@01CE8C65.A7FDB290
Rua Tomás Ribeiro, 115 - F / 1050 - 228  Lisboa


GRAFOLOGIA DA ALMA

Odete Silva, pintora, desenhadora, olhando a verdade urbana do alto da sua janela voltada a sul, oferece-nos uma visita serena, numa casa serena, e num gabinete de trabalho ou atelier, encontro numa bela manhã de sol, tudo arrumado em volta. Aí revisitei pinturas de opaca matéria pincelada, uma espécie de ruído visual sobretudo da mesma cor, entre diferenças e semelhanças tonais, ideia densa dos princípios impressionista e expressionista, já conquistada na sua inteligente continuidade.
Talvez o lado mais palpitante da obra desta pintora se relacione com a fase do desenho, escrita delicada, cheia de pontos de repetição e coincidência — e no entanto sempre tocadas por subtis ou óbvias diferenças, entre linhas líricas, finas, suaves, verticais ou redondas como copas de pequenas árvores. Nessas simulações de fecho, leves aguadas de tinta-da-china coisificando todo o sonho da viagem do olhar, tornam temporais os passos pressupostos na planície branca e sem horizonte. Mas se em certos casos a representação impossível nos lega identidades manipuláveis com verosimilhança, noutros, onde vermelhos e cinzentos se perfilam em filas de seres vegetais ou igualmente humanos, como camponeses aparecendo e desaparecendo na folha branca, a dança também de adereços apenas sugeridos também renasce, cantada da marcha, seres de um mundo subitamente fascinante, humano e cósmico.
Como que numa ampliação de pesquisa, científica, os humanoides que não são mais do que belas plantas, flores até, graciosamente abertas em corolas, ruído e melodia da escrita, erudição do seusvocábulos enleados, são enfim forma plástica a enervar-se, a expandir-se, abrindo caminho para outras imagens semelhantes (… )

Rocha de Sousa


Diapositivo2.JPG


 Com os nossos melhores cumprimentos,
  
Sofia Reis
( secretariado )



...      ..cid:image002.png@01CE8C65.A7FDB290
Prova de Artista
Rua Tomás Ribeiro, 115 - F / 1050 - 228  Lisboa
h: segunda a sexta: 10:30 - 20:00 / sábado: 15:00 - 20:00
estacionamento: parque Hotel Real Palácio
metro: estação de São Sebastião / estação de Picoas




 por email

NARRATIVAS DA SUPREMA AUSÊNCIA de ROCHA DE SOUSA - UM LIVRO QUE ABORDA UMA CRISE ACTUAL






 ROCHA DE SOUSA



UM LIVRO QUE ABORDA UMA CRISE ACTUAL


tudo na Síria continua a arder

NARRATIVAS DA SUPREMA AUSÊNCIA
nem representação nem narrativa

Este livro não tem género, nem mesmo o que se declara na primeira palavra do título. Esse objectivo, aparentemente esboçado nas palavras seguintes, de Albert Camus, em O Estrangeiro, também não é alcançado na sua  propriedade inteira para explicar a natureza dos 28 capítulos desta obra de Rocha de Sousa, entre o limite do apocalipse ou um mundo sem razão. O que talvez tenha acontecido, em plena incandescência, através do real dia a dia, através de memórias semelhantes mas desfocadas e por vezes tristes, poderá estar ligado a uma fase perturbadora do mundo, a inquietantes anunciações de diferentes tragédias em geminação, à impossibilidade de ver o que o olhar colecciona percorrendo as correntes informativas dos jornais quase todos.  Ou mesmo da edição fracturada e rápida dos noticiários, ao que  parece  durante dois meses, com pausas de um fim de vida a dois, Leo e Vicência, sobreviventes dos seus restos de consciência, a cultura esfumada em solidão. Seja como for, para mim, ler este livro foi uma viagem aterradora e fascinante, vendo também, quase em directo, os horrores das guerras que parecem situar-se em meados de 2012 e talvez nos alertem para outros anos que estão a chegar ainda neste século XXI. Correndo o risco de não cumprir um trabalho de apresentação a que me havia prestado, chamo a atenção para a quantidade de jornais, recortes, notícias, artigos, que o autor deste livro terá consultado ou citado, dia a dia, durante os tais vertiginosos dois meses, entre trocas e erros, nomes com várias grafias e fontes demográficas ou étnicas confrontadas por fora das cronologias dentro de 2012 ou muito fora dele, na antiguidade, porventura no presente e no futuro, sobre os conflitos  classificados como  desastres principais. Rocha de Sousa disse-me, em fim de catarse: lê como se viajasses numa coluna militar em plena Síria a arder, ou na Líbia, ou respirando a cantada imposta pelos talibãs sobre o Corão, as meninas cegas, tu protegido na retoma da marcha, com algum chefe de Estado, em voo retrospectivo, sobre os massacres do ano anterior e as imagens soltas de gente que sobrevive amando pela memória ou de facto e relendo ainda Camus. Depois, entregando-me um papel, o meu amigo preveniu-me: «talvez estas breves palavras, a publicar na contracapa do livro, contenham algumas, poucas, informações que agilizem o esboço dessa minha atormentada viagem, tudo numa edição errática e comprometida no sentido sobre o mundo destas horas.»

O papel dizia:

O mundo visto dia a dia e durante dois meses, em imagens e recortes de jornais ou episódios do real, entre sonhos de estranhos medos, véu de tudo sem nexo, como todos nós.


Rocha de Sousa é um autor que aborda a relação e os sentidos do Homem, 
de Deus e das coisas. E a contemporaneidade das suas palavras deverá perdurar
 até longe no futuro. 


As histórias representam aventuras no terreno da vida de onde ele próprio parte
 como principal aventureiro noterreno das ideias. Quando conhecemos uma personalidade com estas características, verificamos, sobretudo, que a imaginação é de facto um espectáculo tão fascinante e envolvente quanto o desfilar da própria acção. Porque imaginar é como explorar novas terras.

Poder-se-á dizer que a ficção se assemelha a um efeito de espelho, e talvez seja;
 talvez o leitor se limite a procurar nos livros o que já sabe, aquilo que lá vai encontrar de peculiarmente seu. Mas caso se trate desse efeito em ficção, o resultado é tão mais requintado e complexo quanto mais transformador do real conseguir ser. 
Devemos, assim, encarar a ficção como uma insofismável e suprema presença artística. 
Mas a arte de Rocha de Sousa também se afirma realmente em outras vertentes artísticas,
 elevando-se ao domínio do Cinema e do Teatro, da Pintura e do DesenhoBelas-Artes 
desde sempre na deriva da mobilidade visual.



Observando a sua escrita mais de perto, compreendemos que a sintaxe por si utilizada,

 não esquecendo as influências que nos cercam a todos na viagem da vida, possui uma anatomia 
própria, formada por um método muito particular — ora desenhandominuciosamente as letras e pintando as palavras com a paleta do mundo, ora construindo filmando cenários reais e impossíveis,desastres principais ou a inevitável condição humana à mercê doscastings 
que só a sua imaginação e pendor intuitivo conseguem processar.


NSA de sigla, ou Narrativas da Suprema Ausência é um livro feito noLIMITE DO APOCALIPSE, são PALAVRAS ÍMPIAS escritas noINVERNO DOS IMPÉRIOS ou o COMEÇO DE UM NAUFRÁGIO, são os DESASTRES PRINCIPAIS ou a DECADÊNCIA ANTECIPADA; é oHOMEM MUTILADO cá dentro, impotente, que nada faz senão contemplar O CREPÚSCULO DOS DEUSES e sonhar com A TERRA PROMETIDA. São ideias flexíveis como CANAS DE BAMBU, é aMORTE DAS PALAVRAS em nome da CULTURA IRRACIONAL ondeO GRITO DA IMOLAÇÃO entoa A BALADA DA MEMÓRIA CEGA.
 E as IMAGENS DA ESCRITA, a bordo de UM NAVIO SEM DONO NEM FANTASMAS, lembram as ESCOLAS DO SILÊNCIO onde ensinamOS NAUFRÁGIOS TODOS; aí , nesse espaço vazio de humanismo, escuta-se O RUÍDO QUE PRECEDE A MORTE
são AS PALAVRAS ARDENTES gritadas POR NÓS DENTRO DE NÓS
é O SER E O NADA OU AS PERDASA PERDA DAS MEMÓRIAS EXCESSIVAS
 A FALA E AS ESCRITAS DO DESERTO AO MARTÍRIO.
 É aqui, enfim, que tudo começa e tudo acaba,: hoje OS CONTINENTES MORREM DEVAGAR
uma MORTE EM SOLIDÃO em nome de UM MUNDO SEM RAZÃO.
Estes são os 28 capítulosde um livro que «não tem género», uma ideia criada «porque sim».
 Uma razão sem razão que se dilui «no horizonte da vida», 
metamorfose ocorrida «segundo novas formas de martírio, pelo fio do quotidiano, às vezes em plena solidão, os dedos endurecidos batendo o discurso de todos os testemunhos

São «factos dispersos, descontextualizados,
 relativos a diferentes aparências»,

 imagens que nos queimam «a alma, sonhos fugidios ou quedas desamparadas.
Há em nós gavetas para guardar memórias de tudo isso, prateleirasem miniatura
 onde se sobrepõem os diversos documentos que narram a vida de cada pessoa,
 em cada pessoa, retendo cadastroscomplexos, 
apontamentos em velhos cadernos diários, ou revendo certos casos de pétalas desidratadas ou descoloridas.
Saber a memória de um homem assim, sem o poder ver e acompanhar rasga o nosso psiquismo,
 faz-nos conviver com ansiedade, incompreensivelmente debruçados sobre uma gravura
 sem magia nem alma,
 e o que nos resta, talvez mais tarde, é percorrer a sua escrita 
para desvendar histórias de uma grandeza esquecida, 
riscos, aventurasnaufrágiosescaramuças,
 a ideia de honra e de coragem, a ideia de nação,
 letra a letra, palavras antigas de uma belacarpintaria de texto,
apesar dos nomes, das vozes dos comandantes,
 o passado de novelas que os livrinhos da primária nem assinalavam,
 embora nos carregassem as meninges com a água dos rios todos
 de Portugal continental e ultramarino.»





Miguel Baganha




LANÇAMENTO DO LIVRO
 «NARRATIVAS DA SUPREMA AUSÊNCIA»
DIA 19 DE   OUTUBRO DE 2013
 NA GALERIA PROVA DE ARTISTA, 
PELAS 16 HORAS



" O mundo visto dia a dia e durante dois meses,
 em imagens e recortes de jornais ou episódios do real,
 entre sonhos de estranhos medos, véu de tudo sem nexo,
 como todos nós."
(Anónimo)




Vídeo: Daniela Rocha
Voz off: Miguel Baganha 
Ano: 2013


NARRATIVAS DA SUPREMA AUSÊNCIA, de Rocha de Sousa,
 é um livro tão actual quanto oportuno — já que a Humanidade tende a minimizar 
e até esquecer
 todas as ignomínias
 e seus autores,
 figuras que alimentaram (e ainda alimentam) a praxis política/religiosa 
tão responsável pelos males que infectam o mundo e atrasam a marcha civilizacional.