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QUEM SOMOS







O Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.

Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintorNelsonDias, https://www.facebook.com/pages/Nelson-Dias/79280420846?ref=hl cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.


Direcção e coordenação: Maria João Franco.
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contactos:
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Sunday, September 20, 2009

A CASA || Rocha de Sousa || Círculo de Leitores

Um LIVRO em destaque:
A CASA que nos traz o respirar , o entrever e vaguear pelos cheiros , os esgares a névoa não refrescada ... um chão velho e sujo cravados pelas pegadas dos tempos.
Como podemos ler na contra capa, "Narrativa visualmente apelativa, antropológica,marcadapor uma sociologia do sofrimento, este romance faz-nos reconhecer ideias e perdas contemporâneas, aproximando-nos da condição humana no quadro de uma espécie de desertificação anunciada."
Como diz Mário Cláudio : um dos livros mais bem escritos últimamente entre nós.
Um pedaço de vida a não perder
MJF

A CASA
Este livro, alegoria inquietante povoada por gente envelhecida e alguns traumatizados da guerra, começa por nos sugerir um espaço invulgar, uma arquitectura temporalmente errada, invulgar, entre próteses estruturais improváveis e a quase prosaica imagem de um centro de acolhimento votado sobretudo à terceira idade. Como se saída de um passado indeterminado, não propriamente longínquo, a Casa mergulha numa paisagem exterior sem limite, após jardins mal tratados e vedações atrás de vedações, acrescentada, através dos tempos, de novos pavilhões geminados ao estilo inicial, na urgência de uma demografia trabalhosa, gente meio perdida, pessoas solitárias e sem memória, ali procurando conferir ao resto das suas vidas um pouco de dignidade ou de conforto. Mas a imagem do mundo infiltra-se nesta multidão acossada por muitos problemas de saúde, de abandono, restos de retratos, amarelecidos, talvez segredos de família, porventura afectos escondidos em vulgares caixas de cartão.
O quotidiano desta população, na sua diversidade e grupos mais relacionados, enche de tumultos iniciais estas páginas, numa relação complexa pessoa a pessoa,
a melancolia de outros tempos de vida e do quadro intenso das famílias. Há restos por aqui, jogos, gente ainda saudável, amores encobertos. Há as regras de serviço, as normas, os dogmas, a assistência abrupta. Há as enfermeiras auxiliares que fazem por dar uma continuidade razoável aos velhos, entre as refeições, tratamentos, conversas patéticas, e também a presença ainda forte (mais abalada) dos «hóspedes» mais novos e cuja mente parece gravemente afectada pelas sequelas da guerra ou pela batalha das grandes cidades, entre a mitigação dos destinos.
Narrativa visualmente apelativa, antropológica, marcada por uma sociologia do sofrimento, este romance faz-nos reconhecer ideias e perdas contemporâneas, aproximando-nos da condição humana já no quadro de uma espécie de desertificação anunciada.
Rocha de Sousa

1 comment:

Emerson Carneiro da Silva said...

Gostei muito hein, da uma olhada no blog do meu livro também. Abraço