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O Casa Amarela 5B -Jornal Online surge da vontade de vários artistas, de, num esforço conjunto, trabalharem no sentido de criar uma relação forte com o público e levando a sua actividade ao seu conhecimento através do seu jornal online.

Este grupo de artistas achou por bem dedicar o seu trabalho pintorNelsonDias, https://www.facebook.com/pages/Nelson-Dias/79280420846?ref=hl cuja obra terá sido muito pouco divulgada em Portugal, apesar de reconhecido mérito na banda desenhada, a nível nacional e internacional e de várias vezes premiado em bienais de desenho e pintura.


Direcção e coordenação: Maria João Franco.
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Friday, November 15, 2019

Artigo muito breve / Jorge Pereira




O ator, encenador e dramaturgo português, não necessariamente por esta ordem, "voltou a respirar" poesia na apresentação na Cinemateca Portuguesa de Filme Muito Breve

Miguel Franco e Maria Cabral em O Cerco
"Sou sobretudo um ator, sou dramaturgo por ser um ator". Assim o diz Miguel Franco (1918-1988) neste Filme Muito Breve, um ensaio biográfico assinado pelo seu amigo Miguel Cardoso, que completa assim um "ciclo inesperado de biografias de gente surpreendente e notável do cinema nacional" que conheceu desde o seu primeiro trabalho profissional em 1971: Lotação Esgotada de Manuel Guimarães.
Recorrendo a imagens de arquivo, quer pessoais de Miguel Franco, quer da Cinemateca, do Arquivo Municipal Fotográfico de Lisboa, do Museu do Teatro e da RTP, Miguel Cardoso leva-nos numa viagem - sempre poética - pela vida de Miguel Franco, um leiriense nascido em 1918 e "que dizem" ter "partido" em 1988.
Com carreira no teatro e também na TV, não esquecendo a escrita que nos acompanha permanentemente pela voz do próprio Miguel Cardoso, Filme Muito Breve - que vai buscar o título ao livro do autor Visita Muito Breve - acompanha todo o percurso de um "contador de histórias" cuja visão e personalidade colidiu algumas vezes com o Estado Novo, sendo o caso mais famoso a censura à sua peça O Motim, após umas escassas 4 (ou talvez 5) performances no Teatro da Avenida em Lisboa.
Narrando o seu percurso no teatro e literatura, deixando as suas presenças cinematográficas falarem por si mesmo, Miguel Cardoso constrói aqui uma sensível colagem de memórias, que não só acompanha Miguel Franco, mas igualmente alguns daqueles que lhe fizeram companhia com a sua amizade, como Bernardo Santareno. E é um deleite ouvir as palavras que Miguel Franco deixou impressas e as imagens que imortalizou em objetos filmicos tão diferentes como Crime na Aldeia Velha, O Cerco ou o Rei das Berlengas.

Miguel Cardoso na Cinemateca Portuguesa
"Gostava que o deslumbre que senti pelo reatar do convívio com o meu amigo Miguel Franco, que ao longo de toda esta produção sempre me acompanhou, se riu comigo dalgum disparate, me apontou soluções, se deliciou com o desempenho do seu papel de biografado, gostava que tudo isto tivesse ficado à mostra para o poder partilhar com todos os amigos", diz Miguel Cardoso na sua nota de intenções, fazendo-se acompanhar na Cinemateca por aqueles que o ajudaram a criar este trabalho: José Santos, Maria João Franco e Carlos Alberto Lopes.
Os poetas não morrem, partem...

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